quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Entrevista com M S Fayes

Bom Dia,
Hoje trago uma entrevista especial feita com a autora M S Fayes do livro O Retrato da Condessa, o qual resenhei no post anterior. A Martinha foi muito simpática e respondeu as perguntas rapidinho. Fiquei apenas sentida de não ter conhecido ela pessoalmente, pois parece ser uma pessoa maravilhosa (quem sabe em outra oportunidade). Adorei suas respostas e espero que vocês gostem também.


1 - Quem é M S Fayes?
É a mesma pessoa que atende pelo nome de Martinha Fagundes. Escolhi o uso do pseudônimo para realmente vencer o preconceito inicial que existia com autores nacionais. Vamos combinar que ainda existe...mas vem diminuindo. 
Eu sou esposa, mãe de dois seres, dona de casa ( péssima, por sinal ), fisioterapeuta, professora, desenhista, tatuadora em horas vagas, escritora e blogueira. 

2- Você lembra quando e como surgiu a sua vocação para a escrita?
Eu sempre gostei de criar enredos. Sempre desenhei quadrinhos. Mas partir realmente para o projeto "escreva você mesma", só em 2009.

3 - Quantos livros você já escreveu? E quantos já publicou?
Escritos? Vários. Publicados? Vou para o quinto agora em Outubro. Já publiquei vários contos através do blog. Nem sequer existia plataforma de wattpad.

4- Há algum tema específico sobre o qual você goste de escrever?
Eu adoro escrever sobre celebridades. Tipo aqueles amores arrebatadores e tal. Tanto que o Tapete Vermelho é exatamente sobre esse assunto.

5 - Como é o seu processo criativo?
Eu acho meu processo criativo muito doido. Eu na verdade não considero que tenha um. Eu escrevo quando pinta a vontade. Posso estar dormindo, no meio do trânsito, no mercado...a cena vem...eu armazeno e depois quando chego em casa começo a desenvolver...

6 – Qual foi o momento que te marcou mais nessa carreira de escritora?
Acho que quando fui na Bienal do Rio há dois anos atrás e alguns leitores me reconheceram do nada...eu nem participando estava. Estava de turista. Mas de repente... ouvi meu nome sendo gritado e vieram me pedir pra tirar foto. Achei tão fofo. Quando podemos divisar este reconhecimento assim é tão legal.

7 - Quando você escreve, já sabe qual será o desfecho da trama ou a história dita as regras?
Eu nunca sei o desfecho certo. Eu na verdade sou extremamente ansiosa pra terminar logo um livro. Eu começo a escrever e quero que acabe logo. Mas vou escrevendo e deixando que a história se desenrole sozinha.

8- De onde surgiu a ideia para o livro Retrato da Condessa? Pode nos contar um pouquinho sobre ele?
Olha, a ideia foi engraçada. Surgiu de uma divagação que fiz no meu blog. Eu estava falando sobre como nos livros os fatos são floreados e muito mais românticos. Se fosse ao vivo seria o caos. Daí, me vesti em um vestido de época e fui para uma hípica próxima de casa, tentar mostrar que efetivamente, quando a mocinha monta no cavalo, não há aquela facilidade toda. Daquele post, surgiu um monte de comentários sobre como seria engraçado um personagem daquela época no nosso tempo. Falei: "beleza...vou escrever..." Acabamos lembrando que havia um filme "Kate e Leopold" que mostrava uma viagem no tempo assim. O mocinho do passado que chegou à NY do futuro. 
Pronto. Comecei. Eu postava capítulos por capítulos e permitia que os leitores dessem dicas de como eles gostariam que determinada cena se desenrolasse.

9 – O livro se passa entre o passado e o futuro. No livro o conde vai parar no futuro por causa do quadro da Laura, como ele foi parar na época do Conde?
Então...ali foi uma viagem mesmo. Sem explicação alguma. Hahahaha...Era pra acontecer. O quadro dela correndo num parque tinha que estar ali. 

10 – No livro temos a apresentação de alguns personagens, principalmente mais no final da história que me fizeram pensar em uma continuação. Você tem alguma pretensão de lançar um segundo livro?
Na verdade, quando escrevi o livro, que era dividido em duas partes, a primeira sendo um conto e a segunda se chamando Relatos Insanos da Condessa de Lilwith, eu acabei me empolgando e fiz um conto para as duas amigas da Laura e por fim, fiz um conto para o pirata Eric, que eu nem sequer lembrava de ter escrito...

11 – Como foi o processo de publicação do livro?
Eu ia colocar o livro no amazon, apenas no formato digital. Sem pretensão alguma de vê-lo impresso. No momento eu estava bem focada na Trilogia que eu pretendia ver chegar à gráfica. Daí, a capista, amiga minha, se apaixonou pela história e perguntou se podia apresentar para as editoras da Qualis. Falei que sim. Eles avaliaram e me fizeram a proposta por ele. Morri de felicidade. Eu poderia pegar no meu Conde impresso!!! Juro que chorei quando peguei o livro pela primeira vez, na Bienal do Rio.

12 – Existe alguma lição que você queira passar com sua história?
Vá em busca de seus sonhos sempre. Não importa o quê. O inimaginável sempre pode estar à espreita. 

13- Seus personagens são fictícios ou reais? Tem algum preferido?
São fictícios! Quem dera fossem reais...hahahahah...
Eu sei lá...personagens são como filhos, né? São todos seus. Não dá pra escolher. Mas tenho um amor enorme pelo James do Tapete Vermelho, o Gabe de Absoluto, a Fay de Irresistível, e o John do último livro que vai sair em breve. No caso da Condessa, eu amo a Laura de paixão.

14 - Você acha que a literatura brasileira está sofrendo uma mudança atualmente, as pessoas estão prestigiando mais os autores nacionais? E como anda a qualidade de nossas histórias?
Acho que houve um boom por conta de Crepúsculo e um Caboooom por conta de 50 Tons. O primeiro marcou o início das histórias contadas em primeira pessoa e muitas autoras seguindo o exemplo de Stephenie Meyer ( eu nessa leva). O segundo veio marcar o início dos livros mais eróticos e hots escritos por autoras nacionais. 
Temos uma safra muito boa de escritoras que não deixam nada a desejar a autoras internacionais. Infelizmente a barreira do preconceito ainda precisa ser completamente extinta. Eu já li cada coisa que só em contar causa tristeza. 
Acho que no caso dos eróticos, rolou um certo exagero. Todo mundo começou a escrever graficamente o que rola entre quatro paredes. Porque isso vende. Daí, as escritoras que não seguem essa linha, acabam ficando à deriva. Porque as editoras vão estar sempre em busca do que for vendável. 

15 - Você está trabalhando em algum novo projeto atualmente? Pode nos contar um pouquinho mais sobre ele?
Se eu te contar o tanto de projetos que eu tenho, que me falta apenas a coragem para dar continuidade... hahahah...Mas estou na expectativa de um próximo trabalho sair ( já está com editora ) e eu sou meio assim... fico quieta e só quando vejo o lance concretizado é que começo a criar coisas novas. Tenho o livro 3 da Trilogia da Lei, que estará saindo por agora, em meados de outubro. Vou fechar, de maneira independente, e bater o martelo. Espero fechar com chave de ouro.  

16 - Que conselho você daria a pessoas que estão começando a escrever suas próprias histórias?
Nunca desista dos seus sonhos. É difícil e árduo o caminho para ser escritor, mas perseverar é preciso. Enfrente todas as adversidades que vierem pela frente. Seja em forma de críticas, boicotes, inveja, ciúmes...porque em qualquer lugar isso vai aparecer. Seja humilde. Sempre. Nunca se esqueça de que você foi ( no caso de se tornar um autor top) um principiante. Saiba que cada pequeno passo, cada degrau subido, cada obstáculo transpassado, vai ser uma lição pra vida toda. 
Continue. Sempre. Busque sempre melhorar, mas em primeiro lugar, você tem que se sentir realizado com você mesmo.

Para você:
Escrever é... um dom.
Livros são...viciantes.
Inspiração literária...Nora Roberts, sempre. Judith McNaught, Linda Howard, Sandra Brown. ( Sou da Velha guarda).
Um livro: Todo Ar que Respiras , Judith McNaught.
Um personagem:  Se for homem: Roarke da série Mortal. Ele é O Ideal de macho. Se for mulher, Eve Dallas da Série Mortal. Ela conquistou o coração do Roarke. Só por isso já vale. Autora é Nora Roberts escrevendo sob o pseudônimo de JD Robb.
Um(a) autor(a): Um só? Nora Roberts.
Um Sonho... Cara... ser lida por milhares. 

Quer deixar um recado para os leitores?
Leiam e leiam muito. Vençam qualquer resistência e deem chance aos autores nacionais. Vocês acabarão se surpreendendo. Pensem sempre que mesmo nos Estados Unidos, as autoras são gente como a gente. Vão ao mercado, levam os filhos na escola, passeiam em shoppings, cuidam de suas casas... 
Escritores não são mais do que vocês, leitores. A diferença é que nos jogamos no mercado, dispostos a dar a cara aos tapas. E acreditem...de vez em quando os tapas voam. Eu mesma já pensei diversas vezes em largar tudo. Mas tenho tanto prazer em levar uma história de divertimento para os leitores que acabo me mantendo firme no posto. 
Eu escrevo para divertir. Minha linha é essa. Mais light. Livros que possam apenas aquecer seu dia, trazer um sorriso ao rosto, uma memória bacana. Não sou uma autora densa e que gosta de criar universos complexos. Eu gosto de romance. Dos mais clichês possíveis. Um livro para um dia de chuva. Tipo isso.

Eu sempre gosto de manter contato com os leitores. Respondo a todos na medida do possível, gosto de saber de suas leituras, se gostaram dos meus livros e tal. 

Então, em qualquer rede social é bem fácil me achar.
Martinhafagundes no facebook. Tem a fanpage MSFayes; 

Vocês também podem me achar blogueando resenhas zoadas no meu blog: bologdamartinha.blogspot.com.br. 

Basta procurar por Divagações da Martinha e vocês conhecerão meu lado mais louco. 

Insta é martinhafagundes
Emails: martinhafagundes34@gmail.com
fayesms@gmail.com

Quem quiser comprar meus livros, Tapete Vermelho ( Matrix Editora), Absoluto ( Editora Charme) e O Retrato da Condessa ( Qualis Editora)  podem encontrar nas livrarias do país. O Retrato da Condessa vocês podem achar direto no site da editora, num preço super em conta. Ainda está sendo enviado para livrarias, então, é mais fácil por lá. 
A exceção fica por conta do Irresistível e o último livro da minha Trilogia, que são comercializados apenas pelo meu site: www.msfayes.com  

3 comentários:

  1. Olá,
    Eu realmente não conhecia a autora, mas curti a entrevista achei que ficou bem bacana e interessante, sem falar que ela é super carismática. Ficou ótima.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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  2. Oi, Raquel!
    Não conhecia a autora. :)
    Mas ela parece uma fofa simpática.
    E, olha, eu achei que fazia muita coisa, mas ela samba na minha cara, haha.
    E achei legal ela usar o pseudônimo para diminuir a barreira do preconceito contra o nacional.

    Beijoooos

    www.casosacasoselivros.com

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  3. Que entrevista fofa! Ainda não li nada da autora mas com certeza quero ler!
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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